O filtro de partículas começou a falhar? Saiba o que fazer!
Como tal, a Insparedes preparou-lhe um guia para que conheça a verdadeira importância do filtro de partículas, como o manter em boas condições e como solucionar problemas do mesmo.
O que é o filtro de partículas?
O filtro de partículas é produzido em cerâmica ou carboneto de silício e contém uma estrutura semelhante a um favo de mel, mas com células quadradas em vez de hexagonais. É colocado entre a linha de escape dos motores turbodiesel e são responsáveis por evitar que partículas nocivas sejam emitidas para a atmosfera.
Qual a finalidade do filtro de partículas?
O filtro de partículas tem o objetivo de armazenar as partículas de fuligem que são produzidas pelas combustão incompleta do combustível nos motores turbodiesel.
Durante o processo de regeneração, estas partículas são eliminadas, já que são queimadas e convertidas em gases inofensivos.
Como funciona o filtro de partículas?
O filtro é composto por variadíssimos canais paralelos, dos quais metade possuem uma entrada aberta e uma saída fechada, já outra metade tem a entrada fechada e a saída aberta. Esta especificidade faz com que os gases, para poderem sair do filtro, tenham de atravessar a parede porosa dos canais paralelos.
Esta “armadilha” reduz a necessidade de equipar o carro com um catalisador na superfície do filtro que, por ser de platina, é de preço bastante elevado. Este processo natural de eliminação de partículas acumuladas é apelidado de regeneração passiva.
Já a regeneração ativa, outra ação pela qual se pode limpar o filtro de partículas, obriga a injetar combustível adicional nos próprios cilindros através de um injetor extra que aquece os gases.
Qual o contra do filtro de partículas?
O maior problema que pode ocorrer é a obstrução do filtro, que pode afetar o funcionamento do motor. Nem todas as partículas são provenientes do carvão, podendo ser do enxofre do gasóleo ou pequenas quantidades de metais utilizados em compostos lubrificantes, que vão obstruindo o filtro de partículas de forma progressiva.
Existe ainda a possibilidade da regeneração ativa falhar, o que acontece quando são realizados percursos muito curtos que não dão tempo ao motor de perpetuar a regeneração ativa. Quando vários ciclos são interrompidos de forma consecutiva, a quantidade de carvão vai crescer de forma crítica.
Normalmente, quando chega a esta fase, uma luz na instrumentação avisá-lo- á. Assim, o condutor deve acelerar de forma a forçar a regeneração do filtro, evitando claro ignorar o aviso.
Como prevenir a obstrução do filtro?
Quando se acumula uma quantidade excessiva de carvão, este pode compactar e não ser queimado mesmo que o filtro de partículas aqueça. No geral, a regeneração ativa é capaz de impedir o problema.
Porém, sem dar conta, o condutor pode interromper a regeneração, bastando para isso desligar o motor ou realizar um percurso muito curto. Para tal, é imprescindível recorrer à regeneração passiva, conduzindo a mais de 60km/h em quarta ou em quinta durante pelo menos 15 minutos.
O recomendado, de forma idealista, seria realizar um percurso deste a cada 200km ou, nessa impossibilidade, realizar um trajeto na autoestrada. Dependendo dos quilómetros realizados, a luz de avaria do motor pode acender-se, obrigando a passar por uma oficina para que seja apagada.
O problema é que o próprio carvão deixa resíduos, uma vez que se acumular um pouco de cinza em algum ponto do canal, este fica obstruído para sempre.
Qual a solução aquando a obstrução do filtro?
Efetuar uma limpeza do filtro, recorrendo a uma oficina que poderá realizar a limpeza através de ultrasons que farão vibrar as partículas, desincrustando-as das paredes do filtro. Esta solução não deixará o filtro como novo, mas permitirá que ele volte a funcionar normalmente.
Substituir o filtro é a solução mais aconselhada, pois é a única que lhe dará real garantia do seu bom funcionamento.
Após a limpeza ou substituição o carro passa na inspeção?
Se se comprovar que o seu filtro não apresenta partículas nocivas acumuladas, o seu carro passará na Inspeção sem qualquer problema. Isto, claro, se não apresentar outros problemas que possam colocar a sua segurança ou a dos outros condutores em risco.
Estima-se que um filtro de partículas pode durar pelo menos 160 mil quilómetros, mas é comum começar a dar problemas aos 120 mil ou aos 80 mil no caso do veículo apenas realizar trajetos curtos. Como tal, tente aumentar os percursos de vez em quando ou, a cada 200km, levá-lo a “dar uma volta” na autoestrada.
A Insparedes deseja-lhe Boas Viagens!
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