Carros novos terão "caixa negra" a partir de Junho
A partir de Junho, carros novos vendidos na Europa, serão obrigados a possuir uma “caixa negra” que regista a velocidade e travagem efetuada pelo automóvel.
Este sistema, que já acontece nos aviões comerciais, cumpre o propósito de, em caso de acidente, fornecer informações detalhadas sobre as circunstâncias do mesmo. Saiba tudo!
Em situações de acidente, os primeiros fatores a ser necessário determinar são a velocidade a que o veículo circulava e por quantos metros este esteve em travagem.
A partir de Junho, esta informação será mais simples de depreender, já que todos os veículos novos comercializados na Europa passarão a estar equipados com uma “caixa negra”, similar à que equipa os aviões comerciais. Este equipamento, chamado Event Data Recorder (EDR), vai ser obrigatório em veículos ligeiros, sejam eles comerciais ou de passageiros, com pesos brutos inferiores a 3500 kg.
O EDR não só facilitará a atribuição de responsabilidades entre os diversos intervenientes em acidentes, como deverá impedir os condutores de ludibriar as autoridades, prestando falsas declarações à polícia para evitar eventuais multas ou responsabilidades.
Depois de, em 2018, tornar-se obrigatória a instalação do eCall, dispositivo que permite chamar automaticamente ajuda ou assistência médica em caso de acidente grave, fornecendo ainda a localização precisa do veículo, as autoridades europeias recorrem agora às “caixas negras”, que são vulgares nos aviões comerciais de grande porte desde os anos 60. O EDR regista uma série de parâmetros em ciclo contínuo, armazenando apenas os 5 segundos anteriores ao embate e os 0,3 segundos após o acidente, guardando as informações relativas à velocidade, travagem, posição e inclinação do veículo em relação à estrada, dados a que depois as autoridades têm acesso.
O sistema não pode ser desligado e é automaticamente acionado sempre que os pré-tensores dos cintos de segurança são ativados, o que acontece quando é detectada uma desaceleração mais forte.
Também o elevar do capot frontal – que tem lugar quando o sistema do veículo prevê um atropelamento iminente de peões, ciclistas ou animais –, ou o registo de variações de velocidade lateral ou longitudinal, superiores a 8 km/h durante menos de 0,15 segundos, ativam a “caixa negra”.
Cada vez mais, a Europa tem vindo a demonstrar as suas preocupações com a segurança automóvel e a taxa de sinistralidade nas estradas. Será esta uma medida que ajudará a combater a falta de segurança nas estradas?
A Insparedes deseja-lhe Boas Viagens!